Quando começa e termina a vida.
Em tempos de tentativa de disseminação ideológica do politicamente correto, onde se tenta a todo custo desmerecer o início da vida para moralmente validar o aborto , como se o bebê ainda no útero da mãe não tivesse direito algum de se desenvolver e nascer de forma saudável, chega uma notícia de Portugal que ganhou a atenção da mídia e vem emocionando médicos no mundo inteiro.
Trata-se do nascimento do bebê Lourenço Salvador que veio à vida no dia 7 de junho de 2016 no Hospital de São José em Lisboa. O que torna este nascimento especial, apesar de não ser o primeiro na história recente da medicina é que sua mãe, Sandra Pedro de 37 anos, havia sido diagnosticada com morte cerebral l 4 meses antes.
No dia 20 de fevereiro de 2016 Sandra passou mal com fortes dores de cabeça e foi levada às pressas para o hospital onde foi diagnosticada com hemorragia cerebral sendo transferida de urgência para Lisboa onde chegou em coma profundo e depois.
de avaliações médicas, foi diagnosticada como morte cerebral. A funerária já estava a iniciar os trâmites legais para que ela fosse cremada, quando os médicos chamaram a família e disseram que o bebê estava bem e que eles gostariam de tentar salvá-lo. A família ficou em choque e f oram 4 meses de apreensão até o nascimento de Lourenço com 32 semanas de gestação , pesando 2350 gramas. O menino , que se encontra saudável e já recebeu alta da maternidade , recebeu o apelido de “bebê milagre” pela mídia portuguesa1.
Este nascimento nos faz levantar outra questão: quando termina a vida? Apesar de ter sido diagnosticada com “morte cerebral”, Sandra permaneceu viva conectada a aparelhos por 15 semanas para dar a luz ao seu filho. Apesar de respirar artificialmente, seu coração batia sem ajuda, seus rins, fígado e intestino funcionavam bem, ela urinava, se alimentava por sonda e seu metabolismo regulava normalmente os componentes do sangue e sua temperatura corporal. Este e outros casos semelhantes nos fazem pensar que talvez não devêssemos ser tão apressados em declarar alguém como morto. A “morte cerebral” ainda é um diagnóstico incerto, mas isto é assunto para outro artigo.
Por Dr. Octavio Morales
1 Fonte: observador.pt
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